sexta-feira, 10 de outubro de 2008

October 14th - O dia em que faremos contato?

Poisé. Tem circulado pela internet, a mais ou menos uns dois meses, um vídeo que afirma que dia 14 de outubro de 2008, uma nave extraterrestre se tornará visível no céu do hemisfério sul do planeta terra.

Eis o vídeo:



Bem, eu realmente espero que quem esteja lendo esse post, tenha se prestado a ver o vídeo.
Essa temática ufo faz parte de praticamente toda minha vida. Desde muito pequeno, eu e meu tio adotado, Nei, travamos várias conversas sobre o tema. Ele crente e eu meio receoso. Cara, uma das coisas que mais marcaram a minha infância foi a história do Et de Varginha. Aquela história me fascinava, mas ao mesmo tempo, eu morria de medo de aquilo ser verdade. Medo idiota, admito, e inexplicável. Lembro de eu ser tão cagão com aquilo tudo, que chegava ao cúmulo de só tomar banho durante o dia, porque morria de medo que o tal et entrasse pela janela do banheiro à noite.

Ok, esse é o momento em que eu penso duas vezes se vou deixar essa frase.

Mas eu não conseguia sair da frente da tv quando aparecia alguma matéria sobre aquilo, ou sobre qualquer outro caso, afinal, aquele meado da década de 90 foi um boom de casos ufológicos no Brasil. Enfim, a coisa era tão grande que o meu tio, observador e preocupado, me colocou em mãos a sua coleção da Revista Planeta - que por sinal, não é essa bosta que é hoje. Aí sim, ninguém sabia mais de casos de abdução e/ou aparição de ovnis no mundo inteiro do que o pequeno garoto Alex Braz Vaz. Claro que eu só lia as revistas de tarde, porque se lesse à noite, provavelmente não conseguiria dormir. Isso também explica o meu fascínio por Arquivo X até os meus 16/17 anos (época onde a noite, digo, música entrou na minha vida e cá estou).

Mas voltando ao October 14th. Depois de ficar sabendo da existência do vídeo eu fui pesquisar. E achei uma coisa muito massa (pra não dizer interessante, porque essa palavra só combina com uma certa pessoa que eu conheço) . Isso!

Claro que eu não pude deixar de pensar que tudo isso possa ser uma espécie de ARG, afinal, tem todos os ingredientes necessários. Suspense, expectativa e o escambal.
Também não pude deixar de pensar que seja alguma mega campanha publicitária de algum produto, filme, seriado novo que possa ser lançado nesse dia. É só lembrar do jeito que foi feita a divulgação inicial do Lost que a gente tira uma base.
Ou então, que essa Blossom Goodchild tenha lido O Segredo e tenha desenvolvido um jeito megalomaníaco e sem noção de ficar milionária.

Enfim, verdade ou mentira. Blefe ou Royal Street Flush, dia 14 eu vou pro laranjal tomar um trago homérico e olhar pro céu.


terça-feira, 30 de setembro de 2008

Melhor resultado, impossível!

Bom, passado alguns dias após o Grenal, com algumas reflexões e conversas de boteco travadas com amigos eu cheguei a uma conclusão.
Esse resultado vergonhoso, pra um time que almeja o título, contra um ocupante do meio da tabela, foi a melhor coisa que aconteceu para o Grêmio nesse segundo turno do BR-08.
É impossível, um time com o tipo de torcida que tem o Grêmio, com jogadores experientes, com os salários em dia e com a estrutura oferecida, não tomar um chacoalhão violento.
A coisa que mais me deixou feliz foi ver o Léo, indignado, chorando, mostrando que o time quer reagir. Podem anotar, o Grêmio ganhou esse campeonato, após sofrer essa derrota vexatória, para um time que ocupa a metade da classificação e que tá jogando só pra cumprir tabela. Se o Grêmio tivesse perdido esse jogo por uma diferença irrisória de gols, ou até mesmo empatado, com um escore magro, como 1x1 ou 2x2, eu ia ficar preocupado, mas essa goleada vai servir pra alguma coisa.

O que mais me preocupa, não é o time do Grêmio, nem os adversários que ainda temos pela frente. Tão pouco o Palmeiras, que tem um time limitado, com uma torcida oportunista, mas que tem um bom técnico e muito dinheiro. Não me preocupa mesmo. Me preocupa pelo fato de a gente estar jogando esse campeonato contra toda a mídia do centro do país, condicionando arbitragens e fazendo pressão no elenco do Grêmio.

O Grêmio liderou o campeonato por quase 15 rodadas e quando muito, saía algum destaque sobre algum jogador tricolor. Porém, do Corínthians (série B), Vasco (futuro rebaixado), Santos (=vasco), Fluminense (= aos anteriores), todos os dias saía alguma coisa sobre o cabelo novo do Lulinha, ou sobre a birra do Edmundo com um gandula, ou sobre o brinco do Cléber Pereira, ou sobre uma furada do Somália. E isso influencia e como. Jogador de futebol, está no limiar entre atleta e artista. É inegável que todos os jogadores de grandes clubes, são como atores de um filme de sucesso. Todos gostam da paparicação da mídia, das mulheres, dos donos de festas (exceto homens como Victor, Dinho e Sandro Goiano). Aí tá, lá tá o Réver, gastando a bola, fazendo poucas faltas por jogo e jogando na defesa menos vazada do campeonato. Liga a tv na segunda-feira, pós rodada, e vê os caras falando do LUÍS ALBERTO, do GLADSTONE, do JÉCI! Porra, é de ficar de cara. Não valoriza o trabalho do cara, isso acaba influenciando no rendimento do time. Talvez esse seja um dos fatores de o Grêmio não estar conseguindo segurar jogadores por mais de uma temporada. Hugo e Diego Souza são alguns exemplos.
Por falar em Diego Souza...o cara foi absolvido depois da agressão gritante que ele fez no cara do Cruzeiro.

Quanto vocês apostam que o Tcheco vai pegar no mínimo uns 3 jogos por causa do que aconteceu no Grenal?


Enfim, o Grêmio é assim. Quando parece que as coisas estão perdidas, ele suga forças do fundo da alma pra conseguir o objetivo. Chocolate galático, cavalo paraguaio? Isso vermelhos e cornetas, sigam fazendo isso. Dia 07/12/2008 o Grêmio vai jogar contra o Galo, com o Olímpico completamente lotado e vai levantar o caneco! Ostentando o título de campeão nacional, durante todo o ano vindouro, que por sinal, é o do centenário vermelho. Tem flauta melhor?

domingo, 21 de setembro de 2008

O melhor 20 de setembro do estado.

Olha aí tchê!

Não tem expressão que indique melhor que tu fez uma cagada do que o "Olha aí tchê!".

É batata:

A criança está descendo a escada com o vidro de perfume da mãe. Um pé após o outro, um patins no meio do caminho e cataploft. Vidro quebrado e criança com o joelho ralado. E o pai, que está passando ali por perto só consegue falar:

- Olha aí tchê!

Ou então:

Roberta está aprendendo a dirigir. Fernando dá uns toques, explica algumas coisas. É gentil, disfarça bem quando está irritado com as barbeiragens de seu amor. Até Roberta chegar no cruzamento mais perigoso do bairro, engatar a marcha errada e fazer o carro apagar em pleno horário de pico. Fernando só estica as mãos espalmadas para a frente e brada:

- Olha aí tchê!!

E o mais legal de tudo isso, é que as pessoas só gritam pra tu olhar pra alguma merda que tu já tenha feito, depois de ter feito a tal merda. Faria mais sentido se o alerta fosse dado antes.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Olho vivo e pé ligeiro, como dizia o senhor Arthur Imero.

Certo dia de noite. A cidade soturna, com uma aparente ausência de vida mas com o todos os pecados capitais acontecendo. Homens mal-encarados em portas de casas normais, como que porteiros/seguranças, controlando a entrada de estabelecimentos suspeitos. Carros passando lentamente pelas ruas conhecidas, onde as portas para a felicidade instantânea estavam sempre abertas, fossem químicas ou carnais. Em algumas quadras esparsas, bares abertos, com velhos homens sentados ao balcão, bebendo um líquido denso, escuro. O vento arrepiante que gelava a face e fazia o frio ser sentido no começo da espinha. Lá estava ele, parado na esquina, com seu cigarro à mão esquerda. Apenas um fone ao ouvido, o outro pendia à altura do peito, como um pêndulo de um relógio de corda, acompanhando o ritmo de sua última caminhada. Respirava ofegante, queria chegar em casa logo, mas mesmo assim gostava daquela atmosfera noturna. Gostava da noite, de suas bizarrices e figuras esdrúxulas, como as proparoxítonas. Resolveu seguir em frente, já estava há algum tempo a observar o casarão azul da esquina da praça. Havia uma janela aberta e uma claridade aparentemente vinda de uma luz de velas. Ficou parado alguns minutos ali, vendo se aparecia alguém. Lembrava daquela antiga casa de quando era criança e passava por ali com seu avô, que contava histórias macabras sobre o fantasma do aristocrata que ali vivia. Depois de grande, viu o casarão ser reformado pelo governo, foi à re-inauguração, com celebridades da televisão e a high society da cidade. Tudo falso mas elegantemente lindo.
Dobrou uma esquina, duas e teve a nítida sensação de que estava sendo seguido. Olhou pra trás e a única coisa que viu, foi um senhor que caminhava de chapéu e guarda-chuvas a umas duas quadras de distância. Não deu bola e seguiu pra casa. Andou mais algumas quadras e olhou para trás de novo. O senhor agora estava a uma quadra de distância. Apertou o passo. Uma esquina, duas, três, quatro. Duas quadras de casa, olhou para trás. O senhor agora não parecia mais tão senhor assim. Conseguiu identificar o físico de um jovem atleta, por debaixo do paletó. Tirou sua chave do bolso, para agilizar a entrada em casa, não estava confortável com a presença do homem de terno preto, chapéu e guarda-chuvas. Ouviu os passos do homem acelerarem e acelerou junto. Ganhou sua quadra e como num passe de mágica, entrou em casa ofegante. Ouviu mais passos, vozes, tiros, gritos. Foi até a janela, viu outros homens, encapuzados, espancarem o homem que o seguia. O chapéu azul caído ao meio fio, o guarda-chuva em cima de uma grade de bueiro. A última coisa que conseguiu ouvir, foi a voz do velho homem implorando por mais um tiro.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

delorean.

Por que a névoa me impede de te ver?
Por que eu corro e corro, mas sempre em círculos? Nunca consigo achar o rumo pra te encontrar.
Outro ida ainda, eu achava que tinha achado o caminho certo. A direção pra te acertar em cheio, mas depois de algum tempo, vi que tremia tanto, que a minha mão fez eu errar o alvo. Cravejei a história de balas e não obtive resultado nenhum. Até com coisas bonitas, tentei te conquistar. Fiz canções, concertos. Só não fiz poesias, porque das artes, é a que menos me faz sentir algo. Apostei, bati cabeça, insisti nas coisas erradas e cada vez mais, parecia que estavas mais longe de mim. Agora, eu acho que achei o caminho de novo.
Bom mesmo seria ter o Doc Brown como amigo. Ele sim sabe de tudo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tchê, é boicote, só pode.

Agora a pouco eu tava vendo tevê na casa de uns amigos, e vi uma notícia curiosa em um jornal.
Daí eu fiz uma nota mental: "chegar em casa, achar isso na internet e postar no blog."
O problema é que até agora eu não achei nada. Nem em sites brasileiros, nem em sites estrangeiros. A história era a seguinte:

A imprensa americana andou noticiando a existência de um "irmão perdido", do candidato à presidência, Barack Obama. O tal irmão do homem, mora numa favela, numa cidade do Quênia. Na mesma cidade onde a avó de obama vive até hoje. Não bastando o irmão do cara que está prestes a se tornar o homem mais poderoso do mundo, viver numa favela, em um país dos confins africanos, o cara vive com cerca de U$1 por mês, segundo o tal jornal. E assim, se fosse um jornal da Rede TV, da TV Cidade, tudo bem... mas era um jornal de uma grande emissora nacional. Enfim, não sei porque eu não consegui achar nada. Talvez seja algum bug no sistema mesmo, ou então a CIA andou fazendo uma varredura por aí. Vai saber. Enfim, o âncora do tal jornal, ainda fez uma ressalva sobre isso, questionando como era possível isso acontecer e previa que isso pudesse atrapalhar a campanha presidencial e bla bla bla.

Mas o mais legal é o seguinte:
Tu imagina se o tal do Obama é eleito presidente dos EUA.
Daí o irmão dele vai se vangloriar para os amigos:

- Tu não sabe de quem eu sou irmão...
- Ah pára negão! De quem??
- Barack Obama.
- Aham! E eu do Usain Bolt.
- É sério cara. Olha aqui a minha identidade.
- Olha só gurizada, o moreno aqui tá querendo cantar de galo.
- Que tu quer que eu faça pra provar?
- Convida a gente pra ir passar um final de semana lá na Casa Branca.
- Onde?
- Casa Branca!
- Tá bem. Vou contar uma coisa pra vocês aqui, mas fica em off.
- Ta boa essa. Qual é agora?
- O Baba vai mudar o nome da Casa Branca... Vai colocar algo mais a ver com a cor .
- A é?! E vai ser o que agora?
- Não sabe ainda... mas algo que lembre Tiger Woods e Louis Hamilton.
- E onde está a cor aí?
-

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

duas colheres de açúcar.

Ele tinha uma mania curiosa. Sempre que pedia um café, pedia com duas colheres de açúcar, mas tinha um verdadeiro ataque quando mexiam. Gostava de sentir o amargor do café até chegar à doce e repunante cauda que se formava no fundo da xícara. Dizia que era pra se lembrar de que para chegar no que é bom, tinha que passar por um processo amargo. Quantos anos a civilização ocidental demorou pra ter acesso ao açúcar refinado, por um preço tão ínfimo? Só de pensar que antes de tudo isso, seus ancestrais adoçavam cafés e chás com mel, ficava arrepiado. O mel era uma coisa indigna. Não era justo com as abelhas.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A piada da semana.

Eu ia postar um texto sobre os jogos olímpicos, mas resolvi deixar pra postar no final da competição, pra ver se ele ainda vai fazer sentido.
Enquanto isso, conto aqui um fato engraçado que aconteceu comigo essa semana.
Conversando com uma amiga, que obviamente manterei a identidade em sigilo, ela me larga a seguinte pérola:

- Mudaram o local das olimpiádas né?!
- Como assim?
- Ué?! Eu achei que os jogos fossem ser disputados em Pequim, mas vendo tv esses dias eu notei o logotipo e vi que tava escrito Beijing...
- Não é possível...
- É impressionante a organização desses chineses né?! Olha a estrutura que os caras montaram de uma hora pra outra... Imagina se fosse aqui no Brasil.
- Não é possível...
- Pois é! Eu também não acreditei, to impressionada.
- Imagina como eu fiquei agora.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

cada semana...

... uma nova certeza.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O mesmo.

Eu sinceramente acho estranho quando alguém vai falar algo sobre si próprio e começa a sentença assim:

- Bah, eu sou bizarro...

Mesmo que o "bizarro", seja colocar a meia direita antes da esquerda.

Eu por exemplo, não posso me sentar em lugar algum, com alguém à minha esquerda, ou andar na rua numa situação parecida. Sinto como se o meu braço esquerdo fosse cair. Sinto um peso enorme, como se alguma coisa tivesse me puxando para baixo. Entretanto, eu me considero uma pessoa super normal. Eu também considero extremamente normal, fumar uma carteira de cigarro, vendo qualquer jogo do Grêmio. Sem falar no cúmulo da normalidade, sentir o lado esquerdo do meu rosto despencar, assim que eu passo do 4º copo de cerveja.
Não conseguir dar nós em gravatas e abrir saquinhos de pão, são coisas que me irritam muito, mas também não considero isso nenhuma bizarrisse da minha parte.
Bizarro mesmo, pra mim é acordar de manhã, chegar no banheiro e me olhar no espelho. Mesmo sabendo que o meu rosto vai estar exatamente igual ao que estava ontem.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Começou agosto.

Agosto vai ser um mês estranho, não como Sandy & Júnior, mas ainda assim estranho. Um catatau de coisas novas logo apartir desse primeiro dia. Bom e ruim.
Pelo menos eu acho que vou começar a viver mais, coisa que não tenho feito ultimamente.
E pra começar o bem o mês, vai um vídeozinho velho, mas muito massa.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

que maravilha.

Tchê, como diz o Lobão: "Gilberto Gil, puta que o pariu! Ministério da Cultura jamais!"

Velho, sabe quando uma coisa não faz sentido? Poisé. O cara passou a vida toda escrevendo músicas com críticas contundentes à política brasileira. Participando de movimentos culturais, que tinham por ideologia mudar alguma coisa e bla bla bla. Agora, quando o cara recebeu a oportunidade de realmente fazer alguma coisa concreta pelo país, o que ele faz? Abandona o barco!
Ele alega que não tá conseguindo consiliar a sua carreira de músico, com a carreira de ministro.
Que maravilha hein seu Gil? Tu prefere ficar tocando grandes sucessos de mais de 20 anos de idade do que realmente trabalhar pra mudar essa merda.
Sinceramente, eu não conheço nenhum grande projeto do ministério da cultura, nenhum mesmo.
Assim como não conheço nenhuma música decente desses últimos 15 anos de carreira desse magrão. Músico é foda, os caras colocam o ego acima de qualquer outra coisa.
Vai ver pra ele é muito melhor receber aplausos, depois de cantar uma versão de uma música idiota do Bob Marley, em um belíssimo inglês com sotaque baiano, do que fazer um projeto pra organizar essa função da pirataria/indústria fonográfica brasileira.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Ele encontrou a morsa.

Extraído do blog Ultra, do site da Superinteressante:

Em 1969, Jerry Levitan, 14 anos, armado com um gravador de rolo, matou aula e foi bater na porta dos quartos do King Edward Hotel, em Toronto -- até que uma camareira o abordou e perguntou: "Você está procurando pelo Beatle?"

Então ele achou o quarto onde John Lennon estava hospedado. Lennon deu risada e deixou ele ficar para uma conversa.

Em 2007, o papo virou um show de animação e motion graphics, indicado ao Oscar de melhor curta animado. O curta está disponível na íntegra online:





Sem monopólio de copyright para obras de arte!
Afude!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

cadê?

Eu to em crise! Não, peraí, crise é uma palavra forte demais (e um tanto quanto gay também). Faz horas que eu não consigo fazer o que antes era relativamente normal pra mim. Eu simplesmente pegava a guitarra e começava a tocar qualquer coisa. Naturalmente, algumas frases iam saindo. Óbvio que a maior parte das coisas eu arquivei e nunca mais toquei, mas era um bom exercício. Faziam uns três meses que eu não parava pra compor nada, daí, semana passada eu me acordei no meio da noite com uma música pronta na cabeça. Escrevi, toquei um pouco e voltei a dormir. No outro dia, acordei e só fui lembrar da música bem tarde. Toquei e gostei do que tinha feito. Entretanto, isso foi um lapso de criatividade. Por três dias seguidos eu peguei a guitarra e tentei fazer algo. Nada. Recorri as minhas letras inacabadas e tentei colocar um ponto final em algumas. Nada também, todas com resultados pra lá de vexatórios. Comecei a me achar óbvio demais. Tudo óbvio, tudo fraco. Tô meio de cara com isso. Pensei em mudar um pouco as coisas que eu ouço, pra ver se eu consigo me desligar do wannabe cazuza que existe em mim, mas até agora não tá surtindo efeito... Vamos ver se vai funcionar.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu.

Isso sim é resgatar um clássico!



Pertfeito!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Prometi mas não cumpri.

Não, não é a música da Canastra. Eu havia prometido pra mim mesmo, que ia parar de reclamar das constantes intervenções de murphy na minha vida, mas putz, tá complicado.
Vou fazer um breve resumo dos meus últimos três dias.

Domingo:

De tardezinha, após chegar em casa, fui pegar minha chave com o porteiro, como de costume. Chegando na portaria, o porteiro do turno da noite não encontra a chave e me diz que acha que o porteiro da tarde deve ter levado por engano. Ok, ligo pro tal porteiro e o cara se enche de desculpas e diz que tá indo me levar. Espero pacientemente por pouco mais de meia hora e ele chega. Tudo bem, to em casa, são e salvo da chuva que cai na rua. Entro, ligo o pc, ponho uma água pra aquecer, entro na internet, converso um pouco com a mãe. Faço uma sopinha, com torradas pra me preparar para ver o dvd da primeira temporada do House, que eu havia locado antes de vir pra casa. Tomo um banho, coloco uma roupa confortável, ajeito o cigarro, o cinzeiro e o isqueiro pra não ter que me levantar durante a sessão. Sirvo uma tigela de sopa, pego o edredom quentinho e ponho o dvd no aparelho. Fecho a gaveta, me sento no sofá e:

MEGATRON!!!!!!

Exatamente, meu dvd queimou!! Bem que eu havia desconfiado do preço camarada que o cara que arrumou ele da última vez, havia feito, mas tudo bem. O problema é que eu sou perseverante, pra não dizer burro. Me cheguei ao computador, com a confiança de que murphy não ia estragar a minha noite de domingo chuvosa. Coloco o dvd no drive e:

PAN! PAN!


Abre aquela agradável janelinha do windows que te acusa de ser um otário, dizendo error.
Aí não deu pra competir. Joguei o dvd longe e fui ver Dexter.

Segunda-feira:

Domingo à noite eu tinha colocado um filme para baixar. Um filme que eu to procurando há mais ou menos uns dois meses. Deixei baixando desde domingo até segunda-feira à noite. O filme tava chegando e eu já tava me preparando pra vê-lo. Quando faltavam 2% para o download ser concluído:

TZUUUUUM...

Aham! Faltou luz!!! Bah, eu não acreditei! Xinguei a CEEE até não poder mais e num ato de puro nervosismo, comecei a rir feito um imbecil sobre o meu azar contínuo. Mas nada é tão ruim que não possa piorar. Depois que voltou a luz, eu me lembrei que havia salvo o link do download. Aí pensei: "po, é só colocar pra baixar de novo."
Oka! Entrei na porcaria do link e veio aquela mensagem amigável do rapidshare:

SORRY, THIS LINK HAS BEEN REMOVED.

Maravilha Alberto!!

Algum lazarento resolveu que aquele meu download atrapalhado pela CEEE seria o último proveniente daquele link e resolveu retirar! Sério, não tem condições.

Terça-feira:

O dia começou tranquilo, fui almoçar na casa da minha vó, pra receber a minha tia que veio do Paraná. Almoço em família, aquela coisa toda. Tri massa. Daí de tarde, resolvi ir no cinema, ver Batman sozinho. Quando eu to chegando na praça Coronel Pedro Osório surge um carro não sei de onde e passa em cima de uma poça dágua, me dando um verdadeiro banho! Conste que eu estava com uma calça clara e que provavelmente, ela estará sem condições de uso, até eu ter saco para lavá-la. Não preciso nem dizer que desisti de ir ao cinema. Mudei de direção e rumei pra casa.

Eu sei que é ruim a gente ficar reclamando toda hora, mas pombas, eu tenho know how pra isso.
Tá ficando chato já. Murphy tá de marcação cerrada comigo.

to que não me aguento.

Digamos que a organização não é o meu forte. No meu pc, devem ter umas 8 pastas com o nome "alex arrumar".
Meu quarto é do tamanho dos banheiros do papuera e eu sempre tenho que arredar alguma roupa ou eventual banco para poder fechar a porta. Meu guarda-roupas é uma montoeira de calças e casacos, muitos que há anos eu não uso e que sempre que vejo, prometo que vou organizá-los e dá-los para alguém.
Como é que pode né? Todo ano eu separo um catatau de roupas e dou pra um amigo meu, que é uma espécie de irmão mais novo. O incrível é que deve fazer quase um ano que eu não compro roupas novas e meu guarda-roupas segue entulhado.

Outra coisa incrível, eu devo comprar e roubar umas 20 palhetas por mês, mas sempre quando eu quero tocar, tenho que ficar revirando latas, bolsos e mochila pra ver se acho alguma ou algo que o valha e o melhor de tudo é que eu sempre acho a mesma!!
A mãe sempre disse pra eu ser organizado com as minhas coisas, mas sempre entrava por um ouvido e saía por outro. O troço tá me afetando de verdade. Não são raros os programas e ocasiões que eu perdi esse ano, por causa da minha falta de organização, mas eu tô disposto a mudar isso.

Tá, vamos considerar que são 4:15 da manhã e obviamente amanhã eu vou acordar e continuar fazendo tudo do mesmo jeito. Revirando as roupas que estão ali em cima da cadeira, até achar alguma que esteja em condições de uso. Depois vou tomar banho e forjar alguma coisa pra comer, me sentar na frente do computador, baixar as músicas que eu tenho que baixar, ler os blogs que eu tenho que ler, responder tudo que é porcaria que eu invento de me meter e daí sair de casa atrasado como sempre.
Agora mesmo, eu juro que eu tinha pensado numa frase de impacto pra terminar esse texto, mas agora não tô conseguindo lembrar.
Haja paciência!

domingo, 20 de julho de 2008

O pêssego.

E quando ele pensava que o final de semana estava perdido, o vento mudou de direção.
A noite que começou aflitiva, terminou sorridente. No domingo, o programa óbvio teve gosto de algodão doce e um presente londrino com nome de pêssego.


sexta-feira, 18 de julho de 2008

Tem cada um que parece até dois!

Outro dia eu estava no Acquarios tomando um guaraná com laranja, pra curar a ressaca de três dias que insistia em aumentar. De repente comecei a ouvir uma voz alta, falando sobre partidarismo, politicagem e o caralho a quatro. Forcei a visão para identificar o sujeito, mas não consegui. O cara falava coisas do tipo:

- "Eles querem um partido? Então tá! Vou fundar um partido, eu sou maior que todas as merdas que tão aí. Bla bla bla."

Eu tentei desviar o ouvido, porque não tinha condições psicológicas de ficar me irritando com um discurso de um pelego sem vergonha. Mas parece que quanto mais o cara falava, mais aumentava a voz dele e mais ia me irritando. Mas nada me irritava mais do que o cabelo do cara. O famoso, "tira daqui e põe ali". Sabe o cabelo do Lasier Martins? Poisé! Só que com um lado mais comprido, que habilidosamente o cara puxava pro outro, pra forjar uma peruca natural, mas não menos de mau gosto. O tempo foi passando e eu já estava na segunda guaraná com laranja e o cara seguia falando. O café ia esvaziando, todo mundo saindo com uma cara de desgosto, por ter que aturar aquele barraco. Eu me perguntava quem era o cidadão e não atinei a perguntar a nenhuma das gurias que atendem ali, certamente saberiam. O discurso do cara ia ficando cada vez mais inflamado e com notáveis erros de português. Ele não estava sozinho, haviam uns 4 ou 5 "amigos", que hora outra questionavam o cara, que logicamente, ia fazendo seu discurso cada vez mais incoerente.
Na minha cabeça eu fantasiava a o xingamento que eu queria fazer pra ele, mas nem isso eu atinava. De repente me veio uma idéia brilhante. Peguei meu mp3 de dentro da mochila e coloquei pra tocar no volume máximo, quando ia chegando no refrão da Strawberry Fields... Acabou a pilha!

Murphy sempre me acompanha!



Tudo bem, meu amigo não chegava e o cara não parava de falar. A voz dele retumbava na minha cabeça e suas palavras não faziam mais nenhum sentido. Pelo discurso eu pude perceber que o cara era um vereador, de um partido de extrema direita. Esses rótulos são engraçados.
Outro dia li que o PSDB e o PT fizeram uma coligação para disputar a prefeitura de Belo Horizonte nas próximas eleições. Eu fico imaginando uma pessoa que entrou num coma profundo, lá por 1998 e que acordou agora. Tipo, o cara vai acordar e vai achar que té ficando louco ou que está fazendo parte de uma espécie de pegadinha do malandro.
Depois de esperar mais de uma hora e de aturar nosso ilustre vereador defecar pela boca, em alto volume, eu resolvi me retirar. Cheguei ao caixa pra pagar e tia que fica ali com uma cara de repuno, me devolveu o troco e ainda largou o famoso:

- "É dose né?!"

Aí eu resolvi perguntar quem era o gritão que tanto falava como se tivesse um alto falante preso à garganta. A resposta foi óbvia:

- "Esse aí o Surdina."


quinta-feira, 17 de julho de 2008

dois pontos de maiúsculo.


E até o céu sorriu para ele.
Chegou em casa ébrio, porém doce, bem doce, diferente do amargo das noites anteriores.
Talvez por saber que alguém o admirava secretamente, ou talvez por ver que nem tudo estava perdido depois da 3ª cerveja.
Como sempre, tudo era uma questão de referencial.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Será?

Acabei de dar um passo atrás, pra depois poder dar um passo à frente.
Agora eu fico me perguntando se eu to fazendo a coisa certa ou se eu continuo enrolando para realmente fazer alguma coisa na minha vida, objetivamente.
Acordei de um pesadelo não faz muito. Trêmulo, suando frio e com a cabeça completamente revirada. Sensação de quase morte, de medo. Como se estivesse prestes a ser atacado por uma criatura desconhecida. Será? Ou será que é bem conhecida?
Não sei.
Martela, aquece e moldo aço e na cabeça, uma idéia cada vez mais frequente, que desse ano eu não passo.

Será?

domingo, 6 de julho de 2008

correção.

Num outro texto publicado aqui, eu classifiquei Pelotas como uma "cidade maldita".
Mentira minha, eu adoro Pelotas, cresci aqui e provavelmente aqui vou morrer. Apesar de muitas coisas aqui me deixarem constantemente triste. Eu tenho um baita orgulho dessa cidade mas eu fico de cara em não ver o povo fazendo nada e criticando quem tenta fazer algo, pra mudar alguma coisai. Agora, as eleições estão próximas, e vai ser tudo de novo, infelizmente.

meu nome é gozo.

Tá gordo, mas é o Krusty.

Eu sei! Mas isso é meramente ilustrativo, que nem as fotos dos monitores dos computadores vendidos no big.
Enfim, não tem coisa que me deixe mais irritado do que aumento da passagem do bus. Tá, essa lei seca também tem me irritado bastante, apesar de eu não ter carro, tenho que gastar uma caralhada em táxi agora, pq voltar de bus pra casa, no final da noite, tá foda e como eu era dependente das caronas alheias... Outra coisa que tem me deixado irritado é esse alarde da proibição do consumo de cigarros, em locais fechados, mas não to afim de falar sobre isso por causa das represálias. Mas uma coisa é fato.
Será que só eu acho que as leis são feitas contra o cidadão e não a favor dele, como deveriam ser?

.

A passagem subiu de R$ 1,80 para R$1,85.
Po, cinco centavos nem é nada hoje em dia.

Aham!
Faz o cálculo aí pra tu ver...

Tá, não precisa, eu calculo:

Antes:
R$1,80 x 2 = R$3,60
R$3,60 x 30 = R$108,00
Depois:
R$1,85 x 2 = R$3,70
R$3,70 x 30 = R$111,00

Tá, três pila nem é um absurdo assim, mas porra. É uma mordida. Sem falar no fato de que, ao subir no ônibus hoje e me deparar com o novo aumento, eu questionei o cobrador pelo porquê do ato. Daí o cara me respondeu:
- Isso foi pra facilitar o troco pra gente... é coisa do sindicato, não tem nada a ver com a empresa. Mas até o final do ano eles vão subir de novo, daí vai pra dois pila... Passinho acima façoavor! Leva!

...

Porra meu, tá ficando sem condições de viver nessa cidade. Não tem emprego, é tudo caro e o que deveria ser público, se transformou numa máfia fedorenta e mequetrefe. Cara, se o transporte público tem esse nome, ele deveria ser público porra! Não é possível que uma coisa, supostamente pública, tenha como intuito maior, obter lucro em cima do trabalhador. E também, se é pra ser assim, que liberem essa merda de uma vez pra gente ter acesso à concorrência de mercado e o caralho a quatro. Ta ta, eu sei que não é assim, que é conveniente pros donos das empresas de transporte público, que o sistema seja assim, porque assim esses picaretas podem fazer formação de cartel sem nem ter peso na consciência. Ahh!! Meu, R$111,00 por mês, se tu considerar que tu pega um ônibus por dia. Meu gasto com ônibus no mês vai chegar em cento e cinquenta pratas com esse aumento. É muita sacanagem.

A gente é palhaço na mão desses sem vergonhas, mas palhaços pobres e miseráveis. Eu queria que o povo fosse um palhaço da estirpe do Krusty. Milionário, famoso e dono de uma rede de lanchonetes!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Falta pouco pra R$1,00.

O seu Lili tava certo. Eu prefiro ter um filho viádo, do que um filho que trabalhe no departamento meteorológico. Que inverno é esse? Cadê o frio? Até agora só vi ( e senti) a chuva e a umidade dessa cidade maldita. Saio de casa com casaco e o escambal e fico carregando tudo, minha mochila não aguenta mais. Tá dose.
Daí que no final de semana fui viajar pra fora com a família e pensei "po, vou levar um casacão porque lá é frio."


Rá!


Passei o dia todo de camiseta!

CAMISETA BIXO!

E óbvio que eu saí de casa com uma camiseta que eu uso pra dormir, daí ficou bacana. Toda a família reunida pro aniversário da Eleninha e eu lá, com uma camiseta furada embaixo do braço!
Por isso que o meu amigo Egídio tá certo.

Inverno mais rigoroso dos últimos anos, só se for economicamente falando, porque como diz meu amigo Cabelo, "falta pouco pra um real."

quarta-feira, 25 de junho de 2008

.

Ele sentiu uma sensação incrível ao acordar.
Pela primeira vez em sua vida se sentiu cheio, de nada.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Happy together, unhappy together.

Ele acordou sufocado pela noite anterior. Sua atmosfera particular estava saturada.
De repente ele lembrou das promessas feitas para não serem cumpridas. Riu, chorou, levantou e fez o chimarrão.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Bazar.

Violões, buttons e camisetas.
Domingo à tarde na praça Coronel Pedro Osório.
Levem seus violões, seu chimarrão e algum dinheiro para sair ocm algum produto personalizado da banda!

Vamo lá ô bunda mole!

The Checks.

Meu amigo Teco indicou. Bandinha nova, mas diferente dessas que a gente tá acostumado a ouvir. As vezes lembra Beatles, as vezes lembra Stones, as vezes não lembra nada convencional. É meio que um apanhado de clichês britânicos, misturado com um blues norte americano. Tipo a Canastra.

Enfim, é meio foda de achar o disco deles a não ser no myspace, mas eu uppei ele pro rapidshare.

Vale a pena.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

nao ipmrota a odrem dsa lretas.

A palavra Umbrella me dá fome, assim como água potável me causa uma imensa sede.
As placas de proibido fumar me dão uma imensa vontade de acender um cigarro, assim como a palavra menstruação me faz ter vontade de me esconder. Tem dias que eu fico pensando nas relações das palavras com os meu sistema nervoso. Só de pensar no meu sistema nervoso, me cago de medo de ter um derrame.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A piada da revolução.

Sou fã de Beatles, mas não sou muito fã da personalidade John Lennon. Sempre achei ele meio demagogo, hipócrita e aparício, mas enfim, à sua maneira ele conseguia dizer algumas coisas importantes. A velha história do faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Assim como Lennon, outros que fizeram parte da geração 60, ajudaram a modificar alguma coisa que incomodava a juventude da época - bocejos. Aquele oba oba dos anos 60, influencia até hoje a publicidade, a moda, a política e o caralho a quatro no mundo inteiro. Boa parte da população, com capacidade de discernimento, é entusiasta e saudosista dos anos 60, tendo ou não vivido àquela época. Revolução, maio de 68, rock and roll, psicodelia, toda a liberdade custe o que custar, negros x brancos, não à segregação racial, morte à ditadura.

Caleabouken!


Parei um pouco na frente da tv hoje e vi algumas coisas que me intrigaram.

Vi um macaco cantando uma música do Bob Marley, pra um comercial de uma montadora multinacional. Vi mais um empresário utilizar a filosofia hippie para faturar milhões em um museu com a temática do Woodstock. Vi um negro, co-fundador do rock and roll, ceder uma música para a campanha do candidato republicano às eleições norte-americanas. Vi uma patricinha cantando Jazz.

Agora, às 02:00 de quarta-feira, eu digo mais uma vez:

Ou eu é que to louco e tá todo mundo certo, ou realmente os postes estão mijando nos cachorros.

Vício.

Eu estava comentando com um amigo esses dias: O vício é importante e necessário, desde que não atrapalhe o convívio social do indivíduo. O vício perdura durante toda mudança, seja ela física, moral ou geográfica. Ele serve pra te fazer lembrar quem tu és.


Continua.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Buraco de minhoca.

Frederico acordou e ficou deitado mais um pouco, coberto pelo edredom que o aquecia naquela manhã gelada de inverno. Pensou em levantar, esperou passar o tempo, acendeu um cigarro. Começou a sentir um formigamento na perna esquerda. Toca o celular:
- Alou
- Frederico Ruas?
- Sim, quem é?
- Antônio Bernardi.
- O que o senhor deseja?
- Frederico, o senhor poderia, por favor, tirar sua perna de cima da minha mesa?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Imponentes em confronto.



Me lembro bem de passar pela Praça Coronel Pedro Osório, quando criança, e ver a construção do prédio em frente a estátua do coronel. Obra a toque de caixa, com a estrutura erguida rapidamente, era o progresso chegando. Mas o tempo passou e a obra, como sempre, parou. O coronel ficou ali, olhando, como se dissesse para a obra: "bem feito", com o amargor típico do pelotense, que insiste em denegrir qualquer coisa que faça o próximo obter algum reconhecimento. Mais tarde, eu comecei a passar as tardes naquela praça, sentando em volta daquela estátua junto com meus amigos. Drogas, álcool, violão e o rock and roll. Muita gente se reunia ali, era o point daquela gurizada. Os de preto, como éramos chamados. Ali, na volta daquele monumento, fiz as melhores amizades da minha vida, comecei a viver, realmente. Os transeuntes nos olhavam com reprovação. Não raro, na época da Feira do Livro, tentavam correr a gente dali, com abordagens policiais, espandindo a feira para a nossa posição estratégica e todo o aparato retrógrado de cidade provinciana. Porém, não conseguiram. Ficávamos ali, fazendo companhia as prostitutas, criando lendas, fazendo história, o Coronel era nosso. Algum tempo depois, tiraram os bancos daquela região, o que só fez com que a gente se aproximasse mais da estátua, que oferecia assentos de primeira categoria. Lembro bem de uma vez, em que alguns "revolucionários" numa tentativa de pixar o monumento, foram corridos da praça pela tal gurizada de preto, porém em alguma madrugada eles o fizeram. O coronel não se abateu, ficou ali, com sua mão no bolso, como se estivesse pronto para tirar um maço de dinheiro para dar de gorjeta para algum garçon ou flanelinha. A obra parecia não gostar de toda aquela agitação em torno daquela estátua velha, símbolo da aristocracia latifundiária pelotense. A obra era o novo! Aqueles jovens cabeludos, de roupas escuras, que passavam o dia a conversar sobre música e festas, deveria se concentrar dentro da obra, caso não tivesse sido abandonada, o Coronel apenas ria e continuava com a mão dentro do bolso, em desafio a obra: "precisas de dinheiro para crescer? eu pago, é só me pedir".
Numa tarde temporal, a obra se irritou, começou a jogar pedaços de pau, pedras e ferros em direção ao coronel, que se manteve imóvel. A policia nos tirou dali, fiquei dentro do fliperama da esquina, vendo a briga, E que briga!!! A obra tentou te todo o jeito acertar o coronel, mas não conseguiu. O coronel não revidou, ficou na sua mesma posição, imóvel, estático, com o velho sorriso no rosto e a mão no bolso.
Certo dia, foi noticiado que a praça e o chafariz entrariam em reformas. Poucos dias depois, a praça foi fechada com tapumes de madeira e cercas. Ficamos perdidos, sem termos pra onde ir, mas pelo menos tinhámos a esperança que o nosso lugar ia ficar melhor, mais aconchegante. Demorou, muito, mas a praça ficou "pronta", mas não tinhámos notado nada de diferente, a não ser o chafariz pintado. O calçamento continuava ridículo, os bancos seguiam quebrados e o coronel ali, sujo, pixado mas mesmo assim imponente. Um poeta urbano da época chegou a escrever uma canção que dizia: "Mais de quinhetos mil real, pra passar no chafariz uma mão de cal. Com o pó que sai do chafariz, o prefeito da cidade entupiu o nariz." Mal ou bem, eles conseguiram acabar com o nosso ponto, o tempo passou, todo mundo começou a fazer alguma coisa e começou a perder as tardes livres, de conversas, tragos e violões. O coronel continua ali, olhando desdenhosamente para a obra, assim como as velhas que passavam pela passarela da praça, olhavam aqueles garotos que habitavam a praça durante as tardes pelotenses. Bons tempos, boas coisas.


*post inspirado na foto, tirada por rafael takaki : http://www.flickr.com/photos/rafael_takaki

terça-feira, 10 de junho de 2008

O preso.

É meio velho, mas não faz mal. Semana passada, foi notícia em todos os meios de comunicação do país a história de um dos maiores traficantes do nordeste brasileiro. Genílson Lino da Sila, o Perna , comandava seus negócios de dentro da cadeia. Foram encontrados aparelhos de ginástica, drogas, dinheiro, eletrodomésticos e a chave da própria cela (sic). O promotor de justiça Paulo Gomes Júnior, afirmou que tinha que pedir autorização para o traficante para poder entrar no presídio. Melhor ainda, quando o Perna foi sentenciado, o pessoal que trabalha na penitenciária Lemos Britto teve que esperar ele chegar, porque ele era a única pessoa que detinha a chave da cela. A situação era tão ridícula, que chegava ao ponto de haver um cartaz na porta da cela, com os dizeres "não incomode, estou com visita!". Sério! Como se não bastasse toda essa esbórnia a olhos nús, com direito a entra e sai de prostitutas, companheiros do crime e cooptação de funcionários federais, foi necessária toda uma operação conjunta entre a polícia militar baiana e a polícia federal, para por fim na festa do cara. Sabe qual foi o resultado? O cara foi PRESO! Mas peraí, ele já não estava dentro de um presídio e bararás???? (?????) O que acontece com alguém que é preso dentro da cadeia na qual cumpre pena? Manda o cara pro inferno?

Sério, eu imagino a cena:
1)
Policial: - Teje preso, Perna!
Perna: - Hã?!

2)
Eles soltam o cara, daí quando ele dá um passo fora do presídio o policial fala:
- Teje preso!
Perna: - Tão de gozo!

3)
O policial entra na cela, com o mandato de prisão (sic):
- Teje preso!
Perna: - Po seu poliça, vamo fazê um churrasquinho aí e assistir o jogo do flamengo.
Poliça:
- Ah não Perna, eu sou Curintia. Contra quem é?
Perna:
- Flamengo e Curintia!
Poliça: Eita nóis!
Sim, porque todo nordestino torce ou pro flamengo ou pro curintia.

Pula Maxwell do martelo prateado.

Já fazia algum tempo que Maxwell andava chateado. Desde criança viviam dizendo para ele pular. Os tapas na cabeça eram frequentes. Dizem que um dia foi rico. Mulheres, carros, hiátes, drogas, peças de teatro, viagens pelo mundo. Hoje em dia vive por aí, vagando, com uma garrafa de grapa nas mãos e uma camiseta de um candidato eleito - amigo de infância dizem uns. Parece que é louco... dizem que matou sua família inteira a marteladas mas foi inocentado por comprovar insanidade mental. Gastou quase toda sua fortuna pagando os melhores advogados do país e o resto despejou na campanha eleitoral de um amigo. Parece que é aquele da camiseta, mas ninguém leva muita fé, afinal quem acredita num mendigo bêbado. De tempo pra cá Maxwell parou de acreditar nos sóbrios. Quase cego, só acredita no seu cachorro, o Morsa. Continuou pulando quando ordenado, mas agora decidiu parar com essa besteira. Não precisa mais disso pra chamar a atenção, está velho demais para isso, quer só descansar em paz. Outro dia quase apanhou de uns garotos que voltavam de uma festa. Quando eles gritaram - pula Maxwell - ele se deitou no chão agarrado ao Morsa e ficou ali, ouvindo os xingamentos dos garotos, que inconformados exigiam alguma reação de Maxwell. Virou sua marca. Sempre que pediam para ele pular, ele se deitava junto ao Morsa, até que um dia encheu o saco. Vinha caminhando normalmente, acompanhado da sua grapa e do seu cusco, quando começou a algazarra na esquina. Assalto a banco. Os assaltantes saíram atirando de dentro do banco, os policiais se escondendo, atirando, chamando reforço e Maxwell caminhando, tudo aquilo parecia rotineiro. Um casal de namorados avistou Maxwell e apavorados começaram a gritar - Pula Maxwell! Pula! Maxwell não pulou, nem deitou. Não parou, nem voltou. Não continou.