Outro dia eu estava no Acquarios tomando um guaraná com laranja, pra curar a ressaca de três dias que insistia em aumentar. De repente comecei a ouvir uma voz alta, falando sobre partidarismo, politicagem e o caralho a quatro. Forcei a visão para identificar o sujeito, mas não consegui. O cara falava coisas do tipo:
- "Eles querem um partido? Então tá! Vou fundar um partido, eu sou maior que todas as merdas que tão aí. Bla bla bla."
Eu tentei desviar o ouvido, porque não tinha condições psicológicas de ficar me irritando com um discurso de um pelego sem vergonha. Mas parece que quanto mais o cara falava, mais aumentava a voz dele e mais ia me irritando. Mas nada me irritava mais do que o cabelo do cara. O famoso, "tira daqui e põe ali". Sabe o cabelo do Lasier Martins? Poisé! Só que com um lado mais comprido, que habilidosamente o cara puxava pro outro, pra forjar uma peruca natural, mas não menos de mau gosto. O tempo foi passando e eu já estava na segunda guaraná com laranja e o cara seguia falando. O café ia esvaziando, todo mundo saindo com uma cara de desgosto, por ter que aturar aquele barraco. Eu me perguntava quem era o cidadão e não atinei a perguntar a nenhuma das gurias que atendem ali, certamente saberiam. O discurso do cara ia ficando cada vez mais inflamado e com notáveis erros de português. Ele não estava sozinho, haviam uns 4 ou 5 "amigos", que hora outra questionavam o cara, que logicamente, ia fazendo seu discurso cada vez mais incoerente.
Na minha cabeça eu fantasiava a o xingamento que eu queria fazer pra ele, mas nem isso eu atinava. De repente me veio uma idéia brilhante. Peguei meu mp3 de dentro da mochila e coloquei pra tocar no volume máximo, quando ia chegando no refrão da Strawberry Fields... Acabou a pilha!
Murphy sempre me acompanha!
Tudo bem, meu amigo não chegava e o cara não parava de falar. A voz dele retumbava na minha cabeça e suas palavras não faziam mais nenhum sentido. Pelo discurso eu pude perceber que o cara era um vereador, de um partido de extrema direita. Esses rótulos são engraçados.
Outro dia li que o PSDB e o PT fizeram uma coligação para disputar a prefeitura de Belo Horizonte nas próximas eleições. Eu fico imaginando uma pessoa que entrou num coma profundo, lá por 1998 e que acordou agora. Tipo, o cara vai acordar e vai achar que té ficando louco ou que está fazendo parte de uma espécie de pegadinha do malandro.
Depois de esperar mais de uma hora e de aturar nosso ilustre vereador defecar pela boca, em alto volume, eu resolvi me retirar. Cheguei ao caixa pra pagar e tia que fica ali com uma cara de repuno, me devolveu o troco e ainda largou o famoso:
- "É dose né?!"
Aí eu resolvi perguntar quem era o gritão que tanto falava como se tivesse um alto falante preso à garganta. A resposta foi óbvia:
- "Esse aí o Surdina."
- "Eles querem um partido? Então tá! Vou fundar um partido, eu sou maior que todas as merdas que tão aí. Bla bla bla."
Eu tentei desviar o ouvido, porque não tinha condições psicológicas de ficar me irritando com um discurso de um pelego sem vergonha. Mas parece que quanto mais o cara falava, mais aumentava a voz dele e mais ia me irritando. Mas nada me irritava mais do que o cabelo do cara. O famoso, "tira daqui e põe ali". Sabe o cabelo do Lasier Martins? Poisé! Só que com um lado mais comprido, que habilidosamente o cara puxava pro outro, pra forjar uma peruca natural, mas não menos de mau gosto. O tempo foi passando e eu já estava na segunda guaraná com laranja e o cara seguia falando. O café ia esvaziando, todo mundo saindo com uma cara de desgosto, por ter que aturar aquele barraco. Eu me perguntava quem era o cidadão e não atinei a perguntar a nenhuma das gurias que atendem ali, certamente saberiam. O discurso do cara ia ficando cada vez mais inflamado e com notáveis erros de português. Ele não estava sozinho, haviam uns 4 ou 5 "amigos", que hora outra questionavam o cara, que logicamente, ia fazendo seu discurso cada vez mais incoerente.
Na minha cabeça eu fantasiava a o xingamento que eu queria fazer pra ele, mas nem isso eu atinava. De repente me veio uma idéia brilhante. Peguei meu mp3 de dentro da mochila e coloquei pra tocar no volume máximo, quando ia chegando no refrão da Strawberry Fields... Acabou a pilha!
Murphy sempre me acompanha!
Tudo bem, meu amigo não chegava e o cara não parava de falar. A voz dele retumbava na minha cabeça e suas palavras não faziam mais nenhum sentido. Pelo discurso eu pude perceber que o cara era um vereador, de um partido de extrema direita. Esses rótulos são engraçados.
Outro dia li que o PSDB e o PT fizeram uma coligação para disputar a prefeitura de Belo Horizonte nas próximas eleições. Eu fico imaginando uma pessoa que entrou num coma profundo, lá por 1998 e que acordou agora. Tipo, o cara vai acordar e vai achar que té ficando louco ou que está fazendo parte de uma espécie de pegadinha do malandro.
Depois de esperar mais de uma hora e de aturar nosso ilustre vereador defecar pela boca, em alto volume, eu resolvi me retirar. Cheguei ao caixa pra pagar e tia que fica ali com uma cara de repuno, me devolveu o troco e ainda largou o famoso:
- "É dose né?!"
Aí eu resolvi perguntar quem era o gritão que tanto falava como se tivesse um alto falante preso à garganta. A resposta foi óbvia:
- "Esse aí o Surdina."
Um comentário:
Putisgrila. O cara é praticamente uma campanha eleitoral ambulante, e de péssimo gosto.
Agora, Guaraná com laranja é nova pra mim hein...
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