sexta-feira, 15 de agosto de 2008

duas colheres de açúcar.

Ele tinha uma mania curiosa. Sempre que pedia um café, pedia com duas colheres de açúcar, mas tinha um verdadeiro ataque quando mexiam. Gostava de sentir o amargor do café até chegar à doce e repunante cauda que se formava no fundo da xícara. Dizia que era pra se lembrar de que para chegar no que é bom, tinha que passar por um processo amargo. Quantos anos a civilização ocidental demorou pra ter acesso ao açúcar refinado, por um preço tão ínfimo? Só de pensar que antes de tudo isso, seus ancestrais adoçavam cafés e chás com mel, ficava arrepiado. O mel era uma coisa indigna. Não era justo com as abelhas.

4 comentários:

Mel disse...

Curti teus escritos!
;*

Egídio Pizarro disse...

Injustiça com as abelhas, de fato.

Por isso que eu não tomo café, hahah.

marina disse...

eu vi bee movie no aviao... :)

vivian wrege disse...

nao gosto de cafe adoçado cm mel!!
eca!!


hehehehehe